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Como fazer um plano de estudos para as crianças?

O tempo em casa deve ser dividido entre diversão e estudos. Afinal, ficar em casa não significa “férias”. É importante ensinar os filhos a manter uma rotina de busca do conhecimento que seja leve e agradável. Dessa forma, eles irão aproveitar da melhor maneira a hora dos estudos. Para ajudar você nessa tarefa, a Casa do Sol preparou algumas dicas de como manter um plano de estudos para as crianças – mesmo em casa.

Organização é a palavra-chave

Organizar a vida estudantil de seu filho é um dos desafios enfrentados pelos pais. Isso porque a criança normalmente entende “casa” como “hora do lazer” ; e “escola” como “hora de aprender”. Mas isso não deve ser regra. Ao ter um plano de estudos para as crianças é possível ter um caminho organizado da jornada de conhecimento. Dessa forma, nem a criança, nem os pais, ficarão sobrecarregados.

A presença dos pais no plano de estudos para as crianças

Ter proatividade e estar aberto à conversa: são duas máximas a serem seguidas para ajudar a criar um plano de estudos para as crianças. A vida corrida e agitada muitas vezes faz os pais passarem parte da responsabilidade do desempenho acadêmico à escola ou ao próprio filho. Não por acaso, uma pesquisa brasileira recente já indicou que “Psicólogos têm sido solicitados a oferecer orientação a pais sobre a influência de suas atitudes no desempenho acadêmico dos filhos”.

A participação dos pais no plano de estudo para as crianças

“Tanto a escola quanto a família são instituições importantes à socialização e à educação infantil e há efeitos positivos relacionados ao envolvimento parental na vida acadêmica das crianças. Orientações deveriam ser fornecidas no sentido de prevenir problemas comportamentais, facilitando a interação dos pais na realização dos trabalhos escolares dos filhos, utilizando o encorajamento verbal e o reforço direto, o que supõe suporte e monitoramento das atividades diárias e do progresso escolar.”

Estudo: SOARES, Maria Rita e SOUZA, Silva Regina de. “Envolvimento dos pais: incentivo à habilidade de estudo em crianças”. 2004

E vamos ajudar nisso ao ensinar alguns passos simples a se colocar em prática.

Segui-los fará com que fique mais simples e agradável toda a rotina de estudos em casa.

Como montar um plano de estudos para as crianças

1º passo: Faça um cronograma com todas as atividades (de lazer e de estudos)

Organize e coloque num papel: a hora do despertar, hora de realizar as responsabilidades em casa, hora de assistir tv, de comer. Faça uma lista de todas as possíveis atividades e responsabilidades da criança.

2º passo: Defina um horário de estudos

Agora que você já sabe quais são as atividades diárias, é hora de definir o horário de estudos. Leve em consideração algumas questões importantes, como: qual o horário em que seu filho tem mais disposição?

Por exemplo, se de manhã ele está sempre ligado aos 240 V, seria uma boa ideia colocar os estudos nesse período.

Como ele está longe da escola, segundo os especialistas o ideal é reservar no máximo 2 horas ao dia para os estudos. Além disso, uma dica também é colocar um relógio perto dela para que ela não perca o foco.

Ah, e não se esqueça do período da leitura – também importante para o desenvolvimento da criança.

3º passo: Saiba o que será estudado

No plano de estudos para as crianças, é imprescindível ter uma organização das matérias e o que será feito em cada uma delas. Por exemplo: caso o horário de estudos for depois do café da manhã, coloque 8h30 às 9h30: estudar matemática (atividades de soma e subtração); 9h30 às 10h30: estudar ciências (atividades de leitura sobre a fauna e a flora) e etc. Caso tenha alguma dúvida, verifique o horário de aulas que a escola adota normalmente.

4º passo: Converse com seu filho

Nada adianta colocar horários e não conversar com seu filho sobre eles. Isto é, antes de se colocar o plano de estudos para as crianças em prática, elas devem estar cientes sobre ele. Por isso, combine com seu filho a programação: mas deixe claro que o estudo será inevitável e o que ele poderá escolher será o horário, por exemplo. Dessa forma, você mostrará o quanto isso é importante e que você estará ao lado dele quando houver alguma dificuldade.

Não tente ser perfeito(a) no plano de estudos para as crianças

É provável que um dia ou outro esse plano de estudos possa não funcionar – a criança teve outras tarefas, uma visita chegou em casa ou a família teve que sair. Entretanto, principalmente se ela estiver longe da escola, tente priorizar esse horário de estudos o quanto for necessário. Depois, é só escolher alguns filmes, jogos ou outras atividades que irão entreter todos da família. Uma vida equilibrada para toda a família é a chave para tudo fluir de maneira simples e organizada.

E você, o que faz para que seu filho mantenha uma rotina de estudos? Conte para a gente! E continue ligado(a) no blog para mais dicas !

Geração Alpha: como lidar?

Se o seu filho(a) tem menos de 9 anos, você já deve ter notado uma predisposição para manter-se sempre conectado. Já consegue usar o celular sozinho, ver os vídeos que quer… Essa é uma das principais características da geração nascida no século XXI. E entender como se distinguem as divisões geracionais ajuda a compreender o impacto sociocultural da passagem do tempo no núcleo familiar e na sociedade. Então, a pergunta que fica é: como lidar com a geração alpha?

Geração Alpha: hiperconectividade é a sua palavra

Em 2010 a Sociedade Americana de Dialetos identificava a palavra “app” como a mais usada. No mesmo ano, nasciam as crianças da geração alpha. Não por acaso, a hiperconectividade é uma das marcas desse grupo. Estimulados à interatividade e acostumados com a presença de telas desde o primeiro dia de vida, os filhos dessa época chegam ao mundo cheio de estímulos tecnológicos.

A disponibilidade de uma grande quantidade de informações redefine os padrões de comportamento até então vistos nas outras gerações.

Entendendo as gerações

Para saber como lidar com a geração alpha, é preciso compreender como ela se modifica das outras que vieram antes. Resumidamente, podemos separar as gerações por:

  • Geração X: nascidos entre 1960 e 1980, eles priorizam os próprios interesses e buscam equilíbrio entre a vida profissional e pessoal;
  • Geração Y: nascidos entre 1980 e 1995, são otimistas, informais e impacientes. A admiração pelo outro surge da competência e não da hierarquia;
  • Geração Z: nascidos entre 1996 e 2010, são conhecidos por serem nativos digitais e tendem a ser inovadores, criativos e conectados. Buscam criar uma cultura mais colaborativa;
  • Geração Alpha: nascidos de 2010 em diante, eles são livres, questionadores, hiperconectados e interagem com a tecnologia desde o nascimento.

Comportamento da Geração Alpha

Um estudo do Gloob, canal focado nessa geração, identificou as principais características da geração alpha. Um dos pontos centrais do estudo compreendeu que para esse grupo há uma necessidade inata de interagir com os meios – afinal, as opções de entretenimento infantil nunca foram tão vastas.

Eles utilizam a internet para explicar e gerar experiências, a televisão para apresentar informações e desenhos e os amigos para validar e gerar status.

Engana-se quem pensa que a televisão foi abandonada por essa geração. A pesquisa do Gloob identificou que 83% das crianças sabem das novidades por meio da televisão e 81% por meio de sites de canais infantis.

Com essa hiperconectividade e acesso fácil à informação, saber como ensinar esse grupo é importante. Os paradigmas são outros e a forma de se passa um aprendizado também. Afinal, se a disponibilidade de informação é ampliada, há outro tipo de problema envolvido: a falta de contato emocional.

Em entrevista para a revista Crescer, o pediatra Cláudio Barsanti, presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, afirma: “Essa é uma geração tecnológica, com o desenvolvimento de algumas habilidades bastante superiores. Porém, o maior problema será em relação a inteligência emocional”. Além disso, o pediatra acredita que na adolescência o principal desafio para essa geração será o desinteresse pelas relações familiares, descumprimento de responsabilidades e problemas de rendimento escolar.

Contudo, com ajuda da família e da escola, é possível mudar esse prognóstico.

Como lidar com a geração alpha

Cada família encontrará uma maneira de lidar com a criança. Entretanto, existem algumas dicas que podem ser seguidas para que seu filho cresça e utilize para seu bem todo o arsenal tecnológico disponível.

  • Imponha limites: evite o contato de seu filho com aparelhos eletrônicos até ele completar 2 anos de idade. Nessa fase o aprendizado deve ser voltado para o social;
  • Uso gradual da tecnologia: não forneça todo o aparato tecnológico disponível de uma vez. A partir dos 3 anos, faça essa inserção de forma gradual.
  • Defina regras: uma das principais características dessa geração é a impulsividade. Por isso, impor regras desde cedo é importante – como, por exemplo, tempo de assistir TV, tempo de fazer a lição de casa e etc.
  • Matricule-o em um curso extracurricular: mostre que há diversão fora das telas. Uma boa alternativa é inscrevê-lo em cursos extracurriculares que o agradem – natação, robótica, música…

Eles vão transformar o mundo…

A realidade tecnológica mudou a forma de se pensar e de se relacionar. O segredo para lidar com essa geração é controlar a quantidade e a qualidade dos estímulos. Uma escola com valores sólidos, amizades interessantes e uma vida que não se baseie apenas em telas: essas são as bases para um crescimento saudável do filho da geração alpha.