Uso de tecnologia pelas crianças: é perigoso?

A gente sabe: pais, educadores e professores em geral são bombardeados rotineiramente com artigos que criticam o uso de telas pelas crianças. As supostas influências negativas do tempo de exposição às tecnologias como o celular, televisão e tablet vão do câncer (!) ao vício às telas e ao déficit de atenção. Pois é, o problema parece muito maior do que imaginávamos. Contudo, grande parte dessa preocupação é baseada em suposições sobre o uso de tecnologia pelas crianças, e não em evidências.

O uso de tecnologia pelas crianças: um outro olhar

Parece que todos os dias existe uma nova história de terror quando se trata do uso da tela – pessoas que não dormem, reféns da tecnologia, que não vêm a vida passar… Isso tudo é verdade. Porém, a consciência é o alicerce para não termos exageros. E eis o problema. A American Academy of Child & Psychiatry, dos Estados Unidos, estima que os jovens de 8 a 12 anos passam de 4 a 6 horas por dia utilizando tecnologias. Além disso, estimam que grande parte passa até 9 horas por dia olhando para alguma tela.

E olhe só o que tal academia considera como consequência do uso das telas:

  • Violência e comportamentos de risco
  • Vídeos de acrobacias ou desafios que podem inspirar comportamentos inseguros
  • Conteúdo sexual
  • Emprego de estereótipos negativos
  • Uso de substâncias ilegais
  • Cyberbullies
  • Publicidade direcionada ao seu filho
  • Informações enganosas ou imprecisas
  • Problemas de sono
  • Notas mais baixas na escola
  • Menos interesse por livros
  • Menos tempo com a família e os amigos
  • Atividade física ou ao ar livre insuficiente
  • Problemas de peso
  • Problemas de humor e auto-imagem
  • Medo de perdas
  • Menos tempo aprendendo outras maneiras de relaxar e se divertir

O outro lado da moeda: o equilíbrio

As telas às vezes são retratadas como intrinsecamente ruins, com o aumento do uso associado a maiores efeitos negativos. Felizmente, existem pesquisadores lutando contra o canto da ciência, argumentando que simplesmente não temos evidências de muitas dessas alegações.

A pesquisadora psicológica Amy Orben, em entrevista para o site BOLD, explica que existem muito poucos estudos sobre a questão de quanto de tela seria seguro. As pesquisas que existem não têm a qualidade necessária para responder aos tipos de perguntas em que estamos interessados.

Muitas vezes, os estudos sobre os quais lemos nas notícias baseiam-se em dados correlacionais: por exemplo, esse aumento no uso da tela está associado ao aumento da depressão em adolescentes. Essa associação pode ser verdadeira, mas o mecanismo por trás do link ainda não é conhecido. Simplificando, embora adolescentes deprimidos passem mais tempo na frente das telas, não podemos dizer que é o tempo na tela que causou a depressão.

Qual será o olhar para o uso de tecnologia pelas crianças amanhã?

Pressupostos sobre o tempo usado na tela e o que está substituindo podem estar alimentando nossos medos. Isso porque, quando pensamos no tempo da tela, podemos nos imaginar percorrendo as mídias sociais sem pensar, olhando fotos de gatos e jogando jogos viciantes. Porém, pais e professores estarão cientes de que o tempo de exibição também pode ser educativo e pode ajudar as crianças a desenvolver habilidades e conhecimentos. Na quarentena, por exemplo, essa foi a saída para continuar a educação dos filhos.

Particularmente para crianças muito pequenas, o envolvimento com um aplicativo pode ajudar a desenvolver algumas habilidades (por exemplo, habilidades motoras). As tecnologias podem permitir que as crianças mais velhas promovam amizades e desenvolvam habilidades sociais – mas, claro, isso não pode substituir as habilidades sociais corpo-a-corpo, digamos.

Também existe a suposição de que crianças (e outros usuários da tela) estão sentadas na frente de uma tela enquanto poderiam estar envolvidas em uma atividade mais enriquecedora ou ativa. Na realidade, as crianças podem estar usando telas enquanto viajam no carro ou no ônibus, por exemplo, onde outras atividades estimulantes seriam mais difíceis.

“As telas podem oferecer oportunidades de aprendizado e desenvolvimento, expondo as crianças a novos conceitos.”

E o sedentarismo?

Os links relatados entre o uso da tela e a falta de exercício físico não necessariamente significam que as crianças estão usando telas em vez de serem ativas. O link pode refletir diferenças individuais no prazer do exercício; se você é alguém que não gosta de se exercitar, talvez gaste seu tempo sentado, independentemente da tecnologia da tela. Atualmente, não sabemos a direção da causa e, na realidade, é provável que haja muitos fatores em jogo, cada um influenciando-se de maneiras complicadas.

Amy Orben argumenta que as conversas sobre o tempo da tela às vezes simplificam demais o que realmente significa o uso de tecnologia pelas crianças. A maioria de nós concorda que algumas formas de tempo de exibição não oferecem benefícios específicos – como por exemplo dar o celular para a criança no restaurante, ao invés de conversar com ela. Mas as telas podem oferecer oportunidades de aprendizado e desenvolvimento, expondo as crianças a novos conceitos, talvez exigindo novas habilidades, e proporcionando um ambiente divertido de aprendizado em locais que, de outra forma, carecem de estímulo.

E as evidências?

“Não há evidências de que as telas sejam inerentemente ruins e que grande parte do medo não provenha da ciência, mas de suposições e alarmantes.”, diz Amy Orben. Pois, lembre-se, até o ano 2000 essas tecnologias nem se passavam pela nossa cabeça. Nós não sabemos com segurança o que elas irão significar.

A falta de evidência não significa que devemos permitir que as crianças usem o celular o dia inteiro, mas sim que as diretrizes atuais sobre o uso diário ou semanal são bastante arbitrárias.

Sim, devemos considerar as preocupações reais relacionadas ao tempo de exibição, por exemplo, cyberbullying e outros tipos de assédio cibernético. Mas também devemos estar cientes de que não há evidências de que as telas sejam inerentemente ruins, e que grande parte do medo não vem da ciência, mas de suposições e ameaças.

Ou seja: ao invés de delimitar de acordo com “suposições”, priorize o tempo junto com seu filho sem o uso de tecnologias. Se ele já fez tudo o que tinha a fazer – brincou e se relacionou sem o uso de tecnologias – tudo bem dar a ele “um tempo” com o celular/video game/computador que você mesmo vai delimitar. Como já falamos aqui, o diálogo aberto é o melhor caminho.

Achamos até um podcast interessante sobre o assunto!

Como criar uma criança de sucesso e feliz

Sabemos que não existe um guia completo e 100% preciso que garanta que nosso filhos terão sucesso em suas vidas e que todos os seus sonhos serão conquistados. Contudo, os pais podem auxiliá-lo a construir um psicológico forte, que dará as bases necessárias para essa trajetória. Criar uma criança de sucesso não é dever nem dos pais, nem da escola e nem de uma pessoa específica. Mas que tal ajuda-lo?

A influência dos pais é maior do que se imagina para o psicológico do filho. Por isso, separamos algumas maneiras de criar uma criança de sucesso. Em outras palavras: como auxiliar seu filho a ser um adulto feliz, em qualquer profissão que ele escolher.

Como criar uma criança de sucesso

Tenha conversas sinceras desde a infância

Ter fortes habilidades de comunicação abrem uma grande variedade de oportunidades para a vida toda. Não só no campo profissional, mas também no pessoal. Quantos relacionamentos (não apenas amorosos) vemos por aí que a comunicação é o ponto mais difícil?

Por isso, promover essa habilidade desde a infância é ótimo para que ele saiba que o diálogo e a conversa sincera devem sempre prevalecer. Não por acaso, pesquisadores da Universidade de Iowa descobriram que essas conversas devem ser feitas desde os primeiros anos de vida. Ou seja, mesmo que seu filho ainda não fale.

O que as pesquisas dizem

Um estudo conjunto do MIT, Harvard e da Universidade da Pensilvânia levou essa correlação um passo adiante. Ele descobriu que crianças de 4 a 6 anos que efetivamente se engajavam em conversas tinham mais ativação na área de Broca, uma parte do cérebro ligada à produção da fala.

Além disso, essas crianças com a Broca mais ativa tiveram melhor desempenho em testes que abrangem conceitos de artes da linguagem. Ao incentivar a conversa, desde a tenra idade, você pode ajudar seu filho a adquirir não só a linguagem mais rapidamente, mas também a promover o desenvolvimento cerebral crítico.

Pense criticamente sobre o que você deixa ele assistir/ouvir

O tempo na tela é frequentemente pintado como inimigo do sucesso, associado a problemas na escola, obesidade e uma pobre interação social. Esse impacto em uma criança, no entanto, destaca mais o que ela está perdendo durante o seu crescimento. Não é a TV que é tóxica – ou o Youtube – mas sim o que está sendo oferecido ao seu filho e por quanto tempo.

Por isso, deixa-lo horas a fio na frente da TV/Celular, mesmo que assistindo programas educativos, pode saudável para o desenvolvimento cognitivo – desde o campo comunicacional ao social. Por isso, ao oferecer conteúdos do tipo para seu filho, verifique:

  • O que esse programa está ensinando a ele?
  • Por quanto tempo ele está na frente da tela?

Preste atenção ao sono do seu filho

Ao se tratar de crianças, é importante prestar atenção não apenas na quantidade de horas de sono, mas também a consistência de seus horários. Cochilos regulares, por exemplo, são essenciais para a capacidade do seu filho de aplicar novos conceitos de linguagem de maneira abstrata.

Em um estudo na Universidade do Arizona, descobriu-se que as crianças que cochilavam dentro de quatro horas depois de aprender uma nova palavra ou regra gramatical eram mais propensas a saber aplicá-la no dia seguinte. As crianças de dezoito meses podem até aprender regras e utilizá-las em frases totalmente novas, se uma soneca vier a seguir, mas elas não conseguirão fazê-lo se permanecerem acordadas.

A necessidade de sono só aumenta à medida que seu filho cresce. O cérebro depois dos 30 meses amadurece o suficiente para permitir a reprodução neural – a maneira de sua mente fazer um balanço de novos aprendizados enquanto você dorme e armazená-los em sua memória. Quando o seu filho iniciar o ensino fundamental, ele precisará de nove a 11 horas de sono por noite para aproveitar ao máximo o que aprendeu na sala de aula no dia anterior.

Ensine-o a valorizar o processo

Crianças muitas vezes funcionam com o sistema de recompensa. Escove os dentes e ganhe um tempinho no vídeo game. Coma isso e ganhe aquilo…. Isso não é muito saudável se você quer criar uma criança de sucesso. Ela vai aprender que tudo na vida gera recompensas rápidas. E sabemos que não é bem assim.

Por isso, é interessante ensiná-las a valorizar o processo, a esperar, a fazer as coisas não por esperar algo em troca, mas sim pelo fazer em si.

Construir uma rotina e estabelecer expectativas para o seu filho o ajudará a entender os benefícios do gerenciamento e da consistência do tempo. Suas expectativas se tornarão próprias à medida que amadurecerem e virem as recompensas de seus esforços ao longo do tempo, estejam eles estudando muito para uma aula difícil ou simplesmente limpando o quarto.

Brinque de “fingir”

Fazer brincadeiras de “fingimento” é a pedra angular da existência na primeira infância. Quantas vezes não fingimos que somos monstros, fingimos que estamos em um castelo ou com um amigo imaginário? Embora você pense naqueles momentos doces momentos de nostalgia daquela época da infância, o desenvolvimento mental que seu filho experimenta de brincadeira os seguirá por toda a vida.

À medida que adotam papéis específicos, as crianças constroem seu mundo imaginário e convidam seus amigos a participar da jornada que estabeleceram. Assim, as crianças aprendem a ser mais criativas, a ter uma melhor comunicação de longo prazo e a amadurecer suas habilidades de resolução de problemas. Deixe a imaginação fluir… E embarque nessa jornada com seu filho.

Construa um sistema de suporte escolar

À medida que seu filho se forma no ensino fundamental, sua visão de mundo se expande para as horas gastas na sala de aula. Seus professores, em particular, exercem forte influência sobre seu crescimento, trazendo consigo uma vasta experiência e compreensão profissional dos marcos e expectativas de desenvolvimento e educação.

Combinada com o seu conhecimento superior de seu filho e de suas necessidades, a escola e o lar podem trabalhar juntos para promover seu sucesso à medida que avançam de uma série para outra.

Dessa maneira, converse com os professores da escola de seu filho e entenda quais são as características que estão sendo trabalhadas nas aulas e etc. Afinal, o mundo da criança/adolescente é sua casa e a sua escola. Por isso, saber que a escola está em consonância com os valores da sua família é imprescindível. Até já demos algumas dicas aqui sobre como escolher a escola ideal para seu filho.

Criar uma criança de sucesso é criar uma pessoa feliz

Sucesso não deve ser visto apenas como milhares de reais na conta, carros e casas. Afinal, não é isso que sustentará nossa felicidade. Criar uma criança de sucesso é fazer com que ela saiba se comunicar, tenha relações saudáveis e seja feliz onde quer que ela esteja.

6 dicas para criar filhos anti-racistas

No mundo de hoje, é mais importante do que nunca que as crianças aprendam a aceitar e apreciar a diversidade. E os pais podem ajudar – e muito. Sabemos que gostaríamos de pensar que, em nossa sociedade cada vez mais multicultural, todos estão criando uma geração de crianças tolerantes, não-preconceituosas e imparciais. Afinal, elas estão crescendo em um mundo onde figuras poderosas vêm de todas as origens étnicas, onde telas de TV e filmes são preenchidas com um arco-íris de modelos e onde lições de tolerância e celebrações da diversidade fazem parte da maioria dos currículos, até na pré-escola. E isso é bom!

Nessa onda, velhas atitudes morrem com força – ainda bem! Entretanto, apesar de o racismo ser menos aceito hoje do que há uma geração, ele ainda existe, infelizmente. O dever dos pais é criar essa consciência nos seus filhos para que o racismo, enfim, acabe. Afinal, as crianças são rápidas em entender os preconceitos de seus pais – mesmo que sejam transmitidos de maneiras sutis e não ditas.

Pensando nisso, separamos seis dicas dos especialistas da Parents para se criar filhos conscientes sobre a diversidade.

Dicas para criar filhos conscientes da diversidade

1. Reconheça as diferenças.

Por volta dos 4 anos de idade, as crianças começam a perceber que algumas pessoas parecem ou não fisicamente com elas. Isso pode começar a suscitar em perguntas como: “Por que a pele dela é mais escura que a minha?” ou “Por que não tenho cabelos lisos assim?” Nisso, os pais às vezes entram em pânico quando ouvem esse tipo de pergunta. Contudo, lembre-se que as crianças são naturalmente curiosas e estão simplesmente tentando aprender sobre o mundo.

A melhor resposta é simplesmente explicar que as pessoas têm todas as cores, formas, tamanhos e ideias. Tentar explicar demais pode sinalizar que há algo errado com a diversidade. A mensagem que você deseja enviar é que, embora as pessoas possam parecer diferentes por fora, elas são todas iguais por dentro e merecem nosso amor e respeito.

Use analogias que uma criança possa entender facilmente, como cores de sorvete – apesar de diferentes, todos são gostosos!

2. Seja um modelo positivo.

A maioria de nós sabe que é errado usar termos depreciativos para descrever qualquer grupo étnico, mas a verdade é que muitas pessoas escorregam de vez em quando, murmurando uma ofensa racial contra um mau motorista ou generalizando sobre uma minoria étnica. Além disso, estudos mostram que mesmo as pessoas que não expressam seus preconceitos ainda podem tê-los de forma “oculta”. Portanto, investigue seu próprio comportamento para ver quais mensagens sutis você pode estar enviando para o seu filho.

Você ri ao invés de protestar quando alguém conta uma piada culturalmente insensível? Você tranca a porta quando passa por determinados bairros? Você imita sotaques étnicos para tentar ser engraçado? Você pode não querer rebaixar ninguém, mas uma criança pode certamente ter uma impressão errada. Aliás, é melhor rever esses tipos de piadas.

3. Converse sobre intolerância.

As crianças costumam aprender a estereotipar com base no que veem na televisão. E essas imagens se arraigam cedo: até desenhos animados voltados para crianças pequenas mostram vilões com nomes e feições estrangeiros e lindas princesas loiras e caucasianas. Quando vir um estereótipo negativo na mídia, aponte para as crianças e informe-as que você acha que está errado.

Às vezes, seu filho pode fazer generalizações e dizer coisas como: “Todas as crianças negras da minha escola são boas no basquete” ou “Apenas as crianças asiáticas se inscrevem no clube de matemática”. Quando isso acontecer, ressalte que, apenas porque algumas pessoas de uma determinada etnia se comportam de uma certa maneira, você não pode supor que todos nesse grupo se comportam da mesma forma.

Tente encontrar exemplos que desafiam o estereótipo. Informe seu filho que nunca é uma boa ideia fazer generalizações sobre pessoas com base em raça ou cultura – mesmo quando positivas.

4. Incentive a empatia.

As crianças que podem se colocar no lugar de outra pessoa têm menos probabilidade de criticar os outros por serem “diferentes” deles. Converse com seu filho sobre como ele acha que seria se ele fosse julgado por sua aparência física, pelo jeito de se vestir ou de falar.

Pergunte como ele se sentiria se as pessoas fossem más com ele simplesmente por causa do formato de seus olhos, pela igreja que frequenta ou pela descendência de seus pais. Você pode ter essas discussões com crianças de 3 e 4 anos, se você mantiver os conceitos básicos e uma linguagem simples.

5. Exponha seu filho à diversidade.

Hoje, as crianças estão crescendo em uma sociedade diversa – e isso é ótimo! Quanto mais cedo se sentirem confortáveis ​​com pessoas de outras etnias, mais preparadas estarão para o futuro e vão ver que o racismo é um absurdo.

É mais difícil se você mora em uma comunidade homogênea, mas você deve fazer um esforço conjunto para expor as crianças à diversidade. Leve-os a restaurantes étnicos, vá a exposições de museus e eventos culturais e leia livros comemorando outras culturas. Mostre que não há “eles” e “nós”. Todos somos um.

6. Não tolere nenhum tipo de preconceito.

O ponto principal é que você precisa ensinar às crianças que todas as pessoas, apesar de suas diferenças, merecem respeito. Se você ignora ou simplesmente não se opõe a qualquer tipo de fanatismo, está enviando ao seu filho a mensagem de que não há problema em se sentir superior a certos grupos. Para criar uma criança tolerante, você precisa ajudá-la a aprender a valorizar todos como seres humanos.

Por isso, se seu filho fizer qualquer piada sobre a origem, a cor da pele, a orientação sexual ou qualquer que for a discriminação, só há uma saída: a não tolerância.

Entender a diversidade é saber que todos merecem respeito

A mudança no macro começa no micro. Isso significa que aprender sobre a diversidade e criar um mundo livre de racismo só é possível se começamos dentro de casa. Não tolerando piadas de colegas, familiares ou mesmo do nosso filho. Qual é o mundo que queremos amanhã?

Falando nisso, um podcast que pode ajudar ainda mais nessa jornada contra o racismo!

Dicas de como estudar em casa

É comum os pais sentirem que o estudo em casa de seus filhos parece não fluir tão bem. Muitas coisas a fazer, distrações, necessidade de brincar e por aí vai. E agora com o homeschooling¸ essa “pressão” sobre os pais parece que ficou ainda maior. Mas fique tranquilo(a), pois com algumas modificações na rotina, é possível ajudar no desempenho escolar de seu filho. A Casa do Sol separou algumas dicas de como estudar em casa, tudo de maneira leve e sem pressão demais.

Para isso, vamos separar as dicas de como estudar em casa em três seções: hora dever de casa, hora do estudo e hora da revisão. Vamos lá?

Dicas de como estudar em casa: o Dever de casa

1. Tire os telefones celulares.

Otimize o tempo da lição de casa guardando o telefone celular. Com menos distração, seu filho poderá terminar a lição de casa mais rapidamente. Fale isso para ele se ele sentir resistência a entregar-lhe o celular. Faça com que ele perceba que, sem essa distração, tudo fluirá muito mais fácil.

2. Crie uma área do estudo

Uma zona de estudo é uma área em que seu filho poderá trabalhar na escola ou estudar. Deixe uma mesa e uma cadeira em altura confortável para ele, com estojo, canetas e papeis à disposição. Ao criar esse ambiente, o cérebro do seu filho reconhecerá a área como um local de foco. Essa dica é super conhecida pelos psicopedagogos!

Ah, e essa dica de como estudar em casa também se estende aos adultos que fazem homeoffice.

3. Divida as lições

Para projetos e ensaios maiores, divida-os em pedaços menores e mais gerenciáveis ​​e trabalhe em uma pequena parte de cada vez. Tentar enfrentar todo o projeto de uma só vez pode parecer uma tarefa mais difícil do que realmente é. Por exemplo: tem um trabalho de ciências para apresentar para a sala inteira na semana seguinte? Faça seu filho dedicar-se em primeiro lugar ao projeto, depois às anotações, depois à apresentação.

4. Comece cedo

Comece cedo e distribua os deveres pela semana, quando possível, para concluir um pouco a cada dia ou um pouco a cada semana. Se você incentivar seu filho a realizar as tarefas logo depois a escola, isso vai ajuda-lo a não procrastinar – além de ainda estar com todo o conteúdo fresco na cabeça.

Enquanto os alunos trabalham nos trabalhos de casa, nos trabalhos escolares ou nas aulas, os pais podem auxiliá-los a se tornarem mais eficientes com o tempo. Ao criarem maior eficiência, eles poderão ter melhor desempenho nos trabalhos de casa.

Dicas de como estudar em casa: hora do estudo

1. Defina um tempo

Os alunos podem se concentrar melhor em tarefas escolares ou em estudos quando tiverem pausas programadas. Defina um cronômetro, por exemplo, para a cada 30 minutos de estudo, 15 minutos de pausa. Os alunos tendem a se concentrar melhor na tarefa em questão quando sabem que o intervalo está próximo. E essa dica pode funcionar em casa também.

2. Faça-o ler em voz alta

Ler as anotações de classe em voz alta pode aumentar a retenção de memória quando os alunos estiverem estudando. Por isso, peça que ele leia todas as anotações feitas nas aulas do dia para você ou para si mesmo, por exemplo.

3. Prepare tudo na noite anterior

A melhor época para estudar ou revisar, para a maioria dos alunos, é de manhã cedo, antes da escola. Portanto, em vez de acordar uma hora mais cedo e perder uma hora de sono, faça todos os preparativos da manhã anterior para lhe dar tempo extra para estudar. Isso inclui arrumar as roupas, deixar o café da manhã no jeito, ver quais aulas ele terá no dia seguinte e assim por diante. Contudo, ensine isso para seu filho também, para que ele fique autônomo ao passar dos anos.

Dicas de como estudar em casa: hora da revisão

1. 10 minutos depois das aulas.

A revisão diária das anotações da escola e do material de leitura facilitará muito o estudo para grandes testes. Isso porque, ao revisar as anotações em 24 horas, seu filho tem 60% mais chances de realmente aprender aquela lição. Por isso, incentive-o a ler todas as anotações feitas no dia logo depois das aulas terminarem.

2. 10 minutos da manhã.

Faça seu filho acordar 10 minutos antes para revisar as anotações de manhã antes da escola. Ou seja: pode ser logo depois do café da manhã ou um pouco antes da aula começar.

3. Ou 10 minutos antes de dormir.

Se o seu filho não gosta de acordar cedo, peça que ele substitua a leitura da manhã por outra antes de dormir. (Embora a manhã seja melhor, já que seus cérebros são renovados do sono).

Não leve as dicas como “obrigações”, mas sim como conselhos ao seu filho

Sabemos que muitas vezes o filho não quer estudar, sente preguiça, quer dormir até mais tarde. Além disso, os pais acabam ficando cansados também. Por isso, insira essas dicas de como estudar em casa aos poucos e, acima de tudo, faça com que ele perceba o quanto isso o ajudará no desempenho escolar.

Para mais dicas de educação, brincadeiras e muito mais, continue acompanhando o blog da Casa do Sol!

Filho ansioso: saiba o que fazer

Acha que seu filho(a) é ansioso(a)? Saiba que milhões de famílias em todo o mundo passam pelo o que você passa. Embora seja útil saber, entendemos que isso não facilita o papel desafiador de criar um filho ansioso. O primeiro passo é desenvolver e aprofundar sua compreensão sobre a ansiedade infantil e saber o papel importante que você desempenhará para ajudá-lo a gerenciá-la.

Embora, a princípio, uma criança ansiosa possa parecer difícil de lidar, pense que tudo tem solução. Reserve um momento para reconhecer que você, seu filho ansioso e sua família tiveram uma oportunidade com tudo isso. Você não pode mudar o que está acontecendo bem na sua frente, mas pode ajudar seu filho ansioso a florescer, apesar da ansiedade. Isso fará toda diferença em seu futuro.

O que é ansiedade?

A ansiedade é uma situação psicológica que desencadeia processos do cérebro que acionam a resposta de luta ou fuga. Ou também há processos de “congelamento” ou pânico. Tudo isso para nos proteger do perigo.

Ela é uma emoção e, como outras emoções, deve ter começo, meio e fim. Parece fácil, mas 117 milhões de pessoas em todo mundo sofrem de ansiedade (isso apenas as diagnosticadas). Por isso, muita gente acha “normal” viver num estado ansioso.

Esse estado faz com que a ansiedade não passe quando a ameaça, o perigo ou a situação estressante vão embora. Essa resposta cerebral pode atrapalhar o dia-a-dia e a vida familiar de diversas maneiras. A ansiedade tem o potencial de impedir que as crianças consigam brincar, se concentrar, se divertir, estudar, se relacionar… E sua capacidade de desfrutar dos elementos essenciais de uma infância feliz, relaxada, despreocupada e brincalhona.

Como funciona o cérebro nessas condições?

As crianças ansiosas têm um cérebro que trabalha incessantemente para protegê-las do perigo. Uma parte do cérebro é semelhante à sentinela entre os suricatos, que estão sempre atentos avaliando atentamente o ambiente em busca de ameaças. Isso significa que crianças ansiosas passam uma quantidade excessiva de tempo com suas respostas de luta ou fuga em pleno andamento.

Real x Imaginário

Não é por escolha. Seja a ameaça real ou imaginada, a ansiedade está instaurada. Isso porque o cérebro não sabe o que é uma ameaça real ou imaginada maneira. Um cérebro hipersensível protegerá o corpo, mesmo que a ‘ameaça’ pareça inofensiva para todo mundo, ou possivelmente nem seja perceptível. Uma vez que os sentidos sinalizam ao cérebro que o perigo é aparente, é comparável à abertura das comportas. A cascata de ansiedade começa assim como as consequências, tornando o trabalho mais difícil para os pais de uma criança ansiosa.

Filho ansioso: como identificar

A ansiedade existe em um continuum que varia de momentos calmos e extremamente ansiosos. Isso é diferente da visão tradicional em que a ansiedade está “presente” ou “ausente”. Perceber se seu filho está se afastando de uma personalidade mais calma e relaxada para se sentir mais estressado, juntamente com qualquer mudança comportamental que o acompanha, verifique com o tempo se essas mudanças realmente apontam para ansiedade. Da mesma forma, ajudar seu filho a se mover na direção da calma ajuda a evitar o estresse.

Os sinais e sintomas de ansiedade são agrupados de acordo com o impacto nas emoções e fisiologia, comportamento e pensamento das crianças.

Emocionais e físicos

É comum que os sintomas de ansiedade sejam físicos, dadas as mudanças que acontecem no corpo quando a resposta de luta ou fuga é acionada. Isso inclui dor ou desconforto no peito, náusea, insônia, cansaço, choro regular por pequenos problemas, batimentos cardíacos acelerados e, muitas vezes, parecendo nervoso.

Comportamentais

É difícil as crianças se concentrarem quando estão preocupadas. É igualmente difícil se concentrar quando o corpo deles se sente acelerado como um carro de corrida que está preso nos boxes. Não é de admirar que a ansiedade se manifeste em comportamentos como medo excessivo de cometer erros, perfeccionismo, evitação de atividades com as quais eles se sintam preocupados ou com medo, recusando-se a participar de festas e interações.

Mentais

Como as mentes das crianças ansiosas costumam procurar ameaças e perigos, elas estão pensando o tempo todo onde esse perigo pode estar escondido. E nem precisa ser sobre algo que esteja acontecendo agora. Aliás, elas podem estar refletindo sobre eventos do passado, analisando situações e reações de todos os ângulos, imaginando o que acontecerá a seguir etc. Preocupar-se e pensar demais é um sinal de ansiedade (inclusive para os adultos)

Como ajudar meu filho ansioso?

Pesquisas apontam que o ideal é começar com as três abordagens a seguir:

Aprenda como a ansiedade funciona

Uma compreensão completa da fisiologia e psicologia da ansiedade, os eventos que desencadeiam a ansiedade em seu filho e como ele geralmente responde é o passo mais importante que você pode tomar. Esse conhecimento aumentará sua confiança, o que, por si só, será uma fonte considerável de calma para seu filho.

Dê ao seu filho as ferramentas para se acalmar

A ansiedade não desaparece por si só. Crianças e jovens precisam de ferramentas para reconhecer e regular suas emoções, para que possam funcionar quando aparecerem momentos de ansiedade. Ensinar ferramentas de autoconhecimento – como respiração profunda e atenção plena – vão permitir que seu filho consiga aprender, aos poucos, como gerenciar seus estados de ansiedade. Além disso, essas habilidades ao longo da vida são inestimáveis ​​para quem se preocupa ou tem uma tendência à ansiedade. Dessa maneira, comece com alguns minutinhos de meditação e algumas sequências de respiração profunda. (Clique aqui e veja uma meditação de 5 minutos que você pode fazer com seu filho).

Desenvolva um estilo de vida que minimize a ansiedade

O estilo de vida de uma criança também afeta enormemente sua ansiedade. Meditação, respirações profundas ou até mesmo um banho frio nunca serão totalmente eficazes até que sejam acompanhadas por um estilo de vida que promova uma mente e um corpo saudáveis.

Fique de olho nesses sete fatores a seguir. E saiba: se eles tiverem regulados, a probabilidade da ansiedade ir embora será bem maior. Veja que há algumas coisas que você poderá ajudar.

  • Manter um sono regulado;
  • Incentivar uma nutrição balanceada (veja aqui);
  • Verificar a saúde intestinal (ideal é ir ao banheiro pelo menos uma vez ao dia);
  • Fazer brincadeiras com movimento no dia a dia;
  • Interagir com a natureza;
  • Reconhecer os valores de seu filho;
  • Mostrar a importância da compaixão; e
  • Promover relacionamentos saudáveis.

Seu filho ansioso sofre tanto quanto você

Ter uma criança ansiosa em casa é uma montanha-russa emocional. Contudo, tente ver todos os dias como uma oportunidade de aumentar a conscientização e a resiliência de seu filho. Portanto, entenda da onde esse comportamento vem e por quê. Assim, você conseguirá aproveitar ainda melhor o tempo com ele e viver uma vida mais leve em família.

Como ajudar as crianças a manterem um peso saudável

Na década passada, as crianças latinas tornaram-se as mais obesas da América. O aumento constante da obesidade em crianças é uma tendência preocupante, principalmente no Brasil. Cerca de 15% delas sofrem de problemas de obesidade e outras 14% estão com sobrepeso. A questão comum, então, é saber como ajudar as crianças a manterem um peso saudável.

O problema é maior do que se imagina

Quando as crianças estão acima do peso, toda a sua qualidade de vida fica comprometida. No curto prazo, as crianças com excesso de peso têm mais chance de desenvolver diabetes e outros problemas de saúde, como respiratórios e articulares. A longo prazo, elas correm um alto risco de se tornarem adultos pouco saudáveis e com – muitas – enfermidades, como hipertensão, colesterol alto, problemas cardiovasculares e etc.

Sob essa perspectiva, fica evidente que é imprescindível a necessidade ajudar as crianças a manterem um peso saudável desde os primeiros anos de vida. Se algumas não querem comer bem (já demos dicas sobre isso aqui), outras podem ter a tendência de querer comer demais.

A chave é o equilíbrio. Para isso, separamos algumas dicas que vão te ajudar nessa missão.

Como ajudar as crianças a manterem um peso saudável

Busque conhecimento sobre o assunto.

O primeiro passo sempre começa por nós, adultos. Lidar com problemas de peso começa com a conscientização. Pode ser difícil para uma mãe amorosa ver alguma coisa errada com uma criança de bochechas redondas e bem alimentada. Uma pesquisa americana identificou que os pais tendem a achar que há algum problema apenas quando seu filho já está com obesidade. Por isso, fique de olho: meu filho engordou muito? Ele anda comendo muita besteira?

Para não ter dúvidas, opte por visitar um pediatra regularmente. Quanto mais cedo identificado um problema com o peso que afete a saúde, mais rápido é o tratamento.

Limite as porções e use pratos menores.

Os pais e outros membros da família também precisam aprender que não há problema – é saudável, até – negar às crianças segundas porções e guloseimas extras. “Em nossa cultura, a comida é uma maneira de expressar o amor”, diz o médico Fernando Mendoza, da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, para a revista Parents. “Servir em pratos menores, do tamanho de saladas, é uma boa saída para diminuir a quantidade total de alimentos sem as crianças acharem que estão comendo pouco “, acrescenta.

Os utensílios de mesa para crianças também ajudarão com outro hábito culturalmente enraizado: forçar as crianças a terminar tudo o que estiver no prato. Se seu filho comeu sem problemas e se sentiu satisfeito, não o force a terminar.

Reduza a oferta de doces.

Em um estudo de 2009, pesquisadores da Baylor College of Medicine do Texas descobriram que duas em cada três crianças latinas tinham em pelo menos uma refeição diária alimentos e bebidas como pizza, batatas fritas, sobremesas, hambúrgueres, refrigerantes ou suco industrializado. Quase sempre esses alimentos refletiam a dieta dos pais ou como uma forma de recompensa.

Por isso, se o seu filho pedir biscoitos, em vez de apenas dizer não, você pode perguntar:” Você prefere comer uma maçã ou abacaxi?”. Mostre que as frutas também são uma delícia!

Cozinhe com as crianças.

Além de ser uma ótima atividade para fazer em família, vai ensinar o seu filho a ter uma relação mais próxima com a comida, ao invés de compulsiva. Por isso, para ajudar as crianças a manterem um peso saudável, traga-os para a cozinha, para que elas possam cheirar, provar e se envolver. Até crianças em idade pré-escolar podem rasgar alface ou soltar tomate cereja em uma salada. Isso permite que você passe um pouco de tempo extra com seus filhos e os torna mais interessados ​​em criar refeições saudáveis.

Compre de forma mais inteligente. Uma coisa tão simples como uma lista de compras faz grande diferente. Pense o que é realmente necessário para a dispensa. Evite colocar na lista alimentos industrializados, guloseimas, doces e refrigerantes. Além de ajudar na saúde do seu filho, sua conta será menor!

Faça elas se exercitarem.

Passar horas na televisão e no computador é um hábito da Geração Alpha. Para isso não acontecer, é preciso que os pais incentivem seus filhos a fazer outras coisas, principalmente praticar atividades físicas. Assim, você pode matricular seu filho em um curso extracurricular (como judô, futebol, vôlei…), caminhar com ele após as refeições, ir ao parque, andar de bicicleta com ele… Além disso, vai ser super divertido!

Junte-se a outras famílias.

Em um mundo que está cada vez mais verticalizado, onde o núcleo familiar se fecha em apartamentos, a socialização das crianças acaba ocorrendo apenas na escola. Dentro de casa, elas podem começar a ficar ansiosas e, assim, descontarem na comida. Por isso, que tal ir até uma praça, fazer amizade com outras famílias e incentivar seu filho a conhecer outras crianças? Além de ser uma forma de eliminar essa ansiedade, será ótimo para o desenvolvimento sociocognitivo dele.

Um pouco a cada dia, você vai ajudar as crianças a manterem um peso saudável

Começar hoje para colher amanhã. Esse é o mantra que você deve repetir todos os dias. Pode parecer difícil, seu filho vai querer comer uma guloseima aqui, outra acolá. Mas com parcimônia, você vai ajudá-lo a manter um peso saudável e, assim, livrá-lo de muitas mazelas que a obesidade e o sobrepeso podem trazer.

Continue acompanhando o blog da Casa do Sol para mais dicas de nutrição, educação e lazer para seu filho!

Programação para crianças: a chave para o futuro

À medida que o mundo passa por uma quarentena que ainda é indefinida, estamos nos acostumando a lidar com tédio. E esse tédio invariavelmente acaba caindo no colo dos pais – além de ter que gerenciar seu próprio tempo dentro de casa, ele também precisa dar atenção ao filho. Se você se encontra nessa situação, a Casa do Sol tem uma solução, que vem ganhando cada vez mais popularidade: programação para crianças.

Esse período é uma ótima oportunidade de seus filhos começarem a aprender a programar/codificar, uma habilidade muito importante no século XXI (seu computador, televisão, vídeo game, celular… Tudo isso depende de programadores). Apesar de estar no nosso dia a dia, muita gente ainda se pergunta porque apostar na programação para crianças com seu filho. A gente vai te explicar.

Por que programação para crianças é importante?

First things first: o que é codificação e por que todo mundo está falando sobre isso?

A codificação se mistura com a nossa vida cotidiana. Esse próprio post depende de uma codificação. Seu Netflix, reserva de ingressos de cinema, de voos, pedidos de delivery… Tudo isso é possível com apenas alguns toques graças à codificação. Além disso, ao vermos como a tecnologia está avançando e transformando tudo ao nosso redor, pode-se dizer com segurança que quase todos os trabalhos no momento exigem alguma forma de conhecimento em informática. E a possibilidade de os trabalhos que surgirem em um futuro próximo exigirem pelo menos uma codificação básica, explica a importância da programação para as crianças.

Programação para o futuro do seu filho

A geração de hoje – a Alpha, que inclusive já falamos aqui sobre – está crescendo na era da tecnologia onipresente, incluindo computadores e a Internet. Hoje em dia, as crianças sabem como desbloquear telefones celulares, jogar e assistir a vídeos antes mesmo de falarem corretamente. À medida que crescem, sua proficiência no uso da tecnologia aumenta ainda mais. Quantas vezes você já pediu ajuda ao seu filho/sobrinho para mexer em algo do celular?

Apesar desse fácil manuseio, a maioria deles não sabe o que acontece no back-end que lhes permite tudo isso com tanta facilidade. Não ter consciência de como uma determinada coisa acontece tende a fazer com que você se torne escravo daquilo – gradativamente, se torna tão dependente dessa determinada tecnologia e do modo que ela funciona que se perde a capacidade de pensar e funcionar sem ele. Se as crianças aprendem a codificar, elas podem se salvar dessa armadilha.

O mercado já dá sinais de que a programação é importante para uma carreira de sucesso

Esse é só um dos muitos benefícios da programação para as crianças. Também há de se ressaltar outro grande benefício é a chance de se fazer uma carreira promissora. De acordo com uma análise de 26 milhões de vagas de emprego da Burning Glass, cerca de metade dos empregos que pagam US$ 57.000 ou mais por ano estão em ocupações que geralmente exigem que os candidatos tenham pelo menos algum conhecimento em codificação de computadores. Em média, os trabalhos que exigem habilidades de codificação pagam US$ 22.000 a mais por ano do que os que não o fazem. Esses tipos de ocupação também estão entre as dez mais bem pagas. Ou seja: daqui uns anos, dizem especialistas, saber programar será uma necessidade básica para se posicionar bem no mercado.

Até agora, observamos os benefícios de aprender a codificar sob uma perspectiva de carreira. Mas e o crescimento pessoal de seus filhos?

Codificação ensina uma nova forma de resolução de problemas

Eles não ficam para trás. Os benefícios de aprender a codificar são muitos. Você ensina as crianças a programar seus próprios jogos e site e, consequentemente, estimula a criatividade e as habilidades cognitivas. Além disso, estudos revelam que programação para crianças melhora a memória e aumenta a capacidade cerebral.

As crianças que aprendem a codificar adquirem habilidades de resolução de problemas e se relacionam melhor com o mundo ao seu redor. Mas como isso?

Com a programação para crianças, nenhum problema será tão grande que não possa ser resolvido

A codificação envolve essencialmente pegar problemas maiores e dividi-los em problemas menores e mais simples. Quando se acostumam, as crianças vão crescer fazendo o mesmo com os problemas da vida. Assim, essa atividade os ajuda a lidar com problemas que aparentemente são assustadores com mais facilidade e eficiência.

Aprender a codificar pode ser uma excelente oportunidade para uma família se relacionar e se divertir. Dessa forma, quando as crianças aprendem a codificar também em casa dos seus próprios computadores, os pais podem acompanhá-las nessa atividade produtiva e divertida. Com isso, você terá uma forma de conhecer melhor o seu filho e as suas habilidades.

Outro benefício de aprender a codificar é que isso aumenta a confiança do seu filho nele próprio. É o que acontece, por exemplo, com as crianças que fazem teatro – imagina juntar codificação e artes, o quão completo como pessoa seu filho irá se tornar?

Além disso, aprender a programar ajuda ainda nas habilidades matemáticas e também melhora o desempenho acadêmico geral.

Programação para crianças: plante hoje e colha amanhã

Portanto, aprender matemática, português e biologia, por exemplo, é de extrema importância para entender o mundo em que se vive. Entretanto, estamos num mundo cada vez mais tecnológico, em que gadgets se fazem presentes no nosso dia a dia. Ensinar programação para nossas crianças de hoje, é capacitá-las ao mundo de amanhã da melhor forma.

Ou, como diz Bill Gates:

Aprender a escrever programas amplia sua mente e ajuda você a pensar melhor, cria uma nova maneira de pensar sobre as coisas que considero úteis em todas as áreas da minha vida.

Bill Gates

Seu filho não quer comer? Veja o que fazer

Todos os dias milhares de pais e mães enfrentam isso: eu não quero. Não estou com fome. Não gosto disso, não gosto daquilo… Parece uma bola de neve. Quando o filho não quer comer de jeito nenhum – ou, pior, só quer comer as ditas “porcarias” – parece que algo foi feito errado no meio do caminho. Mas não se culpe, isso pode ser uma soma de fatores que não necessariamente “alguém tenha responsabilidade”.

Então, primeiramente: respira. A culpa não é do seu filho nem sua. Depois nada melhor do que algumas dicas dos maiores especialistas do mundo em nutrição infantil para te ajudar quando você ver que seu filho não quer comer.

O que fazer quando o seu filho não quer comer

Se seu filho não quer comer, seja o exemplo

Pesquisas mostram que as crianças tendem a copiar os hábitos alimentares de seus pais. Se você come muitos legumes, frutas, grãos integrais e laticínios com pouca gordura, seus filhos provavelmente também comerão. Por isso, faça um prato sempre colorido e demonstre prazer em estar comendo uma comida nutritiva e saborosa. Seu filho, ao passar do tempo, vai querer começar a desfrutar a refeição assim como você.

Mantenha a positividade

Não, esse não é um texto de auto-ajuda! Mas o princípio dessa dica é quase a mesma. A maioria dos especialistas em nutrição diz que não deve haver “suborno de alimentos” – ou seja, se você não comer, não vai poder assistir desenho. Isso pode levar a associações negativas com os alimentos. Negociar de forma positiva é o melhor caminho: “você vai me fazer muito feliz se comer”; ou “você vai ficar ainda mais forte se comer essa banana…” Transforme o ato de comer em uma atitude que tem benefícios que ele vai notar.

“Engane” – no bom sentido!

Por exemplo, se seu filho recusar vegetais, você pode colocá-los em uma sopa, no meio do frango e da carne. Caso ele não goste de leite, você pode misturá-lo em um suco e fazer um smoothie. Mas é claro que você não deseja servir ingredientes saudáveis apenas de forma oculta. Portanto, encare isso apenas como uma transição. Corte em pedaços pequenos e depois vá aumentando seus tamanhos. Assim, seu filho irá se acostumar ao gosto e à presença de vegetais, no caso.

Envolva as crianças na preparação da refeição

Sabemos que não é todo dia que dá para levar as crianças para ajudar na cozinha, mas faça isso o quanto for possível. Se seu filho não quer comer, essa é uma ótima atividade para entretê-lo e fazê-lo se relacionar com os alimentos. Afinal, alimento é fazer nossa refeição com carinho e atenção aos ingredientes. Naturalmente, ele vai começar a querer comer aquilo que ele próprio preparou.

Se seu filho comer, não comente

Pode ser difícil, mas se o seu filho não quer comer e acaba comendo, não festeje. Ou seja: por mais difícil que seja, tente não comentar o que ou quanto seus filhos estão comendo. Seja o mais neutro possível. Lembre-se de que você fez seu trabalho como responsável, servindo refeições equilibradas; seus filhos são responsáveis por comê-los. Não é nenhuma conquista e ele não deve construir essa relação com a comida – fato que pode ser prejudicial quando ele estiver mais velho. Se você faz o papel de executor de alimentos – dizendo coisas como “coma isso”, “coma aquilo”, “não coma aquilo outro”  -, seu filho só resistirá.

Permita algumas “refeições lixo”

Se nós temos vontade de dar uma escapadinha na dieta, imagina as crianças, que possuem muito mais energia? Dessa forma, permita guloseimas, lanches e chocolates ocasionalmente. Isso faz com que esses alimentos não sejam “proibidos” – e, portanto, ainda mais atraentes. Permita essa escapada de uma a duas refeições por semana.

Meu filho não quer comer… Agora, pois vai passar!

Essa é a única certeza que você tem que ter. Portanto, quanto menos stress e ansiedade colocar no assunto e em seu filho, mais fácil será ele querer comer. Seguindo essas preciosas dicas, você já dará um grande passo para que ele volte a se alimentar corretamente.

Gostou das dicas? Deixe seu comentário, compartilhe com seus amigos! E continue acompanhando o blog da Casa do Sol, sempre com novidades para você.

Frases para acalmar seu filho – ao invés de dar bronca

Imagina um dia daqueles: louça para lavar, trabalho para entregar, cabelo para fazer, reunião para participar e, no meio de tudo isso, seu filho começa a ter um acesso de raiva ou a chamada “malcriação”. Antes de perder a cabeça, separamos algumas frases para acalmar seu filho ao invés de dar uma bronca.

Nos inspiramos no blog da Renee Jain do BrasilPost!

Frases para Acalmar seu filho é melhor do que dar bronca?

Não importa o que seu filho fizer e a gravidade da “malcriação”. Quase sempre o primeiro impulso é dar uma bronca e falar mais alto, com autoridade. Cansa, é trabalhoso, mas bronca faz parte do processo de crescimento do seu filho. Mas ela só é fundamental quando vem na hora e do jeito certo.

É importante estabelecer limites e dizer não. Porém, também tenha em mente que é intrínseco das crianças descobrirem o mundo e testarem os limites à exaustão. E muitas vezes esses “testes”, aliados com outras questões da rotina, levam os pais a terem um excesso de raiva. Isso porque a bronca não deve ser uma expressão de raiva ou agressividade. A bronca serve para traçar os limites que os pais estabeleceram. Para mostrar para a criança que “dali não se passa”.

Entretanto, a linha é tênue entre educação e agressividade. Afinal, nós também temos que controlar nossas próprias emoções.

Por isso, acalmar seu filho, muitas vezes, pode ser suficiente. Assim, você pode não precisar ir até uma bronca mais severa.

Frases para acalmar seu filho

Pensando nisso, vamos fazer o seguinte exercício: ao invés de uma bronca mais severa e dura, vamos experimentar usar essas frases para acalmar seu filho.

1. Ao invés de: Deu, você está de castigo!

Troque por: Vamos ali para nosso cantinho da calma.

Ao invés de levar seu filho para um “banimento”, tenha um momento junto com ele para se reconectarem.

2. Ao invés de: Coma agora sua comida ou vai ficar com fome!

Troque por: O que será que podemos fazer para deixar a comida mais gostosa?

A responsabilidade também será do seu filho – e nada de ameaças.

3. Ao invés de: Pare de choramingar!

Troque por: Vamos tentar falar isso com uma voz normal?

Por vezes as crianças ficam choramingando/gemendo sem perceber. Quando você fala para elas dizerem com a voz normal, ensinará que a maneira que falamos também é importante.

4. Ao invés de: Quantas vezes vou ter que repetir a mesma coisa?

Troque por: Estou vendo que você não me ouviu da primeira vez. Que tal eu falar para você e você repetir para mim, bem baixinho?

Esse exercício de repetição é importante para a mensagem ser reforçada.

5. Ao invés de: Já para seu quarto!

Troque por: Vou ficar aqui do seu lado em silêncio até você se acalmar.

Isolamento transmite a mensagem de que há algo errado com seu filho. Acalmar seu filho, do lado dele, abre um espaço para a comunicação.

6. Ao invés de: Pare de gritar!

Troque por: Vou fazer de conta que estou pagando velinhas de aniversário. Faz comigo?

De uma maneira bem divertida, faça uma respiração profunda com seu filho. Ela ajudará o corpo a recuperar a calma.

7. Ao invés de: Não vou trocar!

Troque por: Que pena que você não gostou de como fiz… Como você achar que pode ficar melhor?

Mude o foco de atenção do acontecimento e deixe livre o espaço de comunicação.

8. Ao invés de: Não fique bravo(a)!

Troque por: Eu também fico bravo(a) às vezes. Que tal soltar nosso grito de guerreiro para mandar tudo isso embora?

Estudos recentes apontam que gritar (apenas uma vez) e fazer caretas ajuda o cérebro a controlar a raiva e diminuir a dor física. Não por acaso, até a Yoga utiliza essa técnica. Por isso, soltar um grito de guerreiro é uma forma de dissipar essa energia de um jeito divertido.

O que funciona para acalmar seu filho?

Viu como há diversas maneiras de passar a mesma mensagem? Agora queremos saber de você: o que você faz para acalmar seu filho e não partir diretamente para a bronca? Quanto maior a troca, a comunicação e o afeto, melhor será sua relação com seu filho e uma pessoa mais equilibrada ele se tornará.

8 livros para pais e mães: da gravidez à adolescência

Não existe manual que nos prepara para criar um filho. Ou uma lista que nos ensine como ser um bom pai ou mãe. Entretanto, quanto mais bagagem e conhecimento você tiver, se não mais fácil, mais leve essa jornada será. Por isso, separamos uma lista de 8 livros para pais e mães que servirão desde a gravidez até a adolescência de seu filho.

Livros para pais e mães na gravidez

1. O que esperar quando você está esperando, Heidi Murkoff

Uma grande espera de 9 meses: assim podemos dizer que é a gravidez. Mas o ato de esperar não é passivo. No livro O que esperar quando você está esperando, de Heidi Murkoff, você vai aprender um guia para a gravidez com perfuntas e respostas aos futuros pais. Como planejar, como é o pré-natal, como ficar com a mente calma, o que fazer em cada mês… Até o pós-parto.

O livro é um verdadeiro acalanto para essa fase de grande expectativa!

2. Coisas bizarras que você só descobre quando está grávida, Fernanda Oliveira

Outra dica é um livro mais leve, que não é bem um guia. É uma maneira de, principalmente as mães, se conhecerem melhor de maneira divertida e sem preconceitos: Coisas bizarras que você só descobre quando está grávida, da psicóloga e jornalista Fernanda Oliveira. Aliás, você sabia que o umbigo das futuras mães fica saltado para que o bebê tenha mais espaço dentro da barriga?

Livros para pais e mães na infância do seu filho

3. Nasceu, e agora?, de Stephanie Sapin-Lignières

Após a gravidez a vida dos pais muda. A ideia desse livro é servir de manual para os primeiros 365 dias do bebê. Dicas de posições para amamentar, como fazer seu filho dormir, cuidados na hora do banho e até sobre como fazer massagem shantala.

4. Disciplina positiva para crianças de 0 a 3 anos: como criar filhos confiantes e capazes, de Jane Nelsen

Você sabia que os primeiros três anos de vida são os principais para o desenvolvimento emocional, comportamental e cognitivo da criança? É por isso que Disciplina positiva para crianças de 0 a 3 anos: como criar filhos confiantes e capazes, de Jane Nelsen, está na nossa lista de livros para pais e mães. Ele oferece soluções práticas e conselhos fáceis de serem seguidos, baseados nos princípios da Disciplina Positiva. Com essas soluções, os pais e mães conseguem estabelecer bases sólidas para resolver os problemas de disciplina que possam aparecer.

5. As 5 linguagens do amor das crianças: Como Expressar um Compromisso de Amor a seu Filho, Gary Chapman

Já falamos por aqui como é importante criar um laço de confiança com seu filho. O amor é a base de tudo. Porém, cada criança possui uma linguagem de amor específica: ou seja, como ela compreende o amor que o pai e a mãe sentem por ela. Entre os livros para pais e mães, que tal um que ajude os pais a enxergarem essa linguagem? As 5 linguagens do amor das crianças: Como Expressar um Compromisso de Amor a seu Filho, de Gary Chapman, vai ajudar a criar um relacionamento próximo e prazeroso com as crianças.

6. Crianças dinamarquesas, de Iben Dissing Sandahl

Você sabia que os dinamarqueses são considerados o povo mais feliz do mundo? Pois é. Uma das bases para isso é a filosofia de educação que os dinamarqueses fazem com seus filhos. Conheça melhor os costumes e posturas dessa cultura que ensina seu povo a ser feliz desde pequeno.

Livros para pais e mães de filhos pré-adolescentes e adolescentes

7. Para entender o adolescente, de Ronald Pagnoncelli

Se é nos primeiros anos de vida que temos a base de como vamos ser emocionalmente, é na adolescência que esse comportamento ficará mais sólido. Porém, isso só acontece depois de muito conflito interno: o corpo começa a mudar, relações tensas com os pais, variações de humor e etc. Mas como viver com esse turbilhão de sentimentos? Para entender o adolescente vai ajudar você a entender melhor seu filho.

8. Meus filhos me deixam louca, de Alejandra Stamateas

Aprender com a experiência. É esse o enfoque do livro de Alejandra Stamateas. A autora mostra as dificuldades que principalmente as mães enfrentam com filhos pré-adolescentes e oferece uma visão positiva de como passar por elas. Como melhorar o diálogo, o exercício da autoridade e a compreensão são alguns dos temas tratados no livro.

Quais são os livros para pais e mães que você mais gosta?

Agora a gente quer saber: você é adepto(a) dos livros? Eles podem ser de grande auxílio nessa trajetória. Afinal, conhecimento é poder e saber por meio de relatos é uma das formas de aprender a melhor maneira de se criar um filho. Não tem manual, como já dito anteriormente. Mas saber o que funciona, ou não, é um grande primeiro passo para uma relação harmoniosa.

Qual livro você mais gosta? Conta para a gente! E fique de olho no blog da Casa do Sol para mais dicas!