6 Filmes para mães de primeira viagem

É inevitável. Quando uma família está à espera de uma criança começa uma onda de ansiedade, medo, felicidade, empolgação, dúvidas… Isso tudo junto e misturado. E está tudo bem, nada fora do normal. Contudo, termos histórias que nos motivem a manter a cabeça erguida, a questionar certos padrões e a passar pela maternidade/paternidade de forma tranquila é crucial. Pensando nisso, a Casa do Sol separou 6 filmes para mães de primeira viagem.

E o melhor: estão todos disponíveis online – afinal, existe locadora ainda?

6 filmes para mães de primeira viagem

O Começo Da Vida

O primeiro filme na verdade não é um filme (rs). O Começo da Vida é uma série-documental de 6 capítulos que conta com os depoimentos de diversas mães – incluindo nomes como Gisele Bundchen. Como o próprio nome sugere, a série conta sobre o valor da primeira infância, que é o período da gestação até os 6 anos de vida da criança, e como esses primeiros anos influenciam o desenvolvimento da criança para o resto da vida. Além disso, a direção é de ninguém menos que Estela Renner – diretora de documentários premiados como Muito Além do Pesos e Criança, a Alma do Negócio.

Disponível no Google Play e no Netflix.

Perfeita é a mãe!

Depois de uma série-documental, nada melhor do que dar umas boas risadas para descontrair, não é? Perfeita é a mãe não poderia faltar na nossa lista de filmes para mães de primeira viagem. Você vai conhecer a história de Amy, interpretada por Mila Kunis, que vive se desdobrando em mil para dar conta de seus dois filhos, do seu trabalho e do seu coração. (Já viu essa cena?) Depois de se sentir muito sufocada pela “maternidade perfeita”, ela se joga na vida com duas amigas e descobre que é possível curtir a vida e a maternidade ao mesmo tempo.

Disponível no Netflix.

Não sei como ela consegue

Para quem adora Sexy and the City e a Carrie, já tem uma paixão pela Sarah Jessica Parker… Não sei como ela consegue mostra Parker em uma versão materna. Com uma vida atribulada de profissão, filhos e a não-ajuda-do-marido, ela se vê numa saia justa para alçar voos maiores na carreira. Será que ela consegue? Um filme leve e engraçado, mas que discute sobre profissão e maternidade de um jeito interessante.

Olmo e a Gaivota

Agora um mais “profundo” para a nossa lista de filmes para mães de primeira viagem. Olmo e a Gaivota conta a história de Olivia, uma atriz dedicada que está prestes a encenar junto com seu marido A Gaivota, peça famosa de Tchekov. Prestes a estrear, o casal descobre que Olivia aguarda um bebê. Vemos, então, todo um percurso: da descoberta da gravidez a até o filho completar 9 meses. Um filme-documentário dirigido pela brasileira Petra Costa e pelo dinamarquês Lea Glob que vale a pena. Prepare-se para um filme poético que levanta questões como inseguranças e medos, presentes na maternidade.

Disponível no Google Play.

Juntos pelo acaso

Sabemos que há diversas formas de maternidade/paternidade hoje em dia. Juntos pelo acaso mostra um pouco disso, com toques de muita comédia. A comédia romântica (quem não gosta?) conta a história de Holly e Eric que ficam com a guarda da sua afilhada Sophie. Os dois tinham vidas de solteirões e, bem, não estavam esperando ter que cuidar de uma criança de um dia para o outro. Você já deve imaginar o que acontece… Filminho bom para assistir no final da tarde.

Disponível no Netflix.

Turma do Peito

A série australiana (ops, mais uma série invadiu a nossa lista de filmes para mães de primeira viagem…) exclusiva do Netflix mistura drama e comédia. Você vai acompanhar Audrey, uma mãe de primeira viagem que não quer ser vista apenas como “mãe de”. Para isso, ela busca ajuda em um grupo de apoio para pais e conhece as mais diversas histórias de maternidade. São 7 episódios de 30 minutinhos cada. Vale a pena.

Disponível no Netflix

Os filmes para mães de primeira viagem – ou para qualquer um!

Apesar da nossa lista ser voltada à maternidade, garantimos: os filmes valem a pena! Isso porque não precisamos ser pais/mães para tentar compreender a dificuldade e a alegria de ter uma criança nova na família. Como já dissemos aqui, não há um manual de instrução. Contudo, buscar nos colocar no lugar do outro e entender que as pessoas já passaram por dificuldades parecidas com as nossas pode ajudar a tornar tudo mais leve.

Prepara a pipoca!

Ler para as crianças: o BÊ-A-BÁ

A leitura nos transporta para um lugar misterioso fora do nosso próprio mundo para outro. Entre as páginas de um livro, podemos mergulhar na vida de personagens fictícios e aprender sobre uma cultura e uma vida totalmente diferente da nossa. Também podemos aprender novas palavras e frases, experimentar uma gama de emoções e adquirir habilidades e conhecimentos. Se isso acontece conosco, imagine para as crianças… Afinal, por que devemos ler para as crianças?

Devido ao potencial de aprendizado, os efeitos da leitura no desenvolvimento infantil são vastos e vários estudos já sublinharam essa afirmação. Dessa forma, professores e pais são imprescindíveis para garantir que a leitura seja uma parte essencial da rotina diária das crianças. Mas como fazer isso?

Vamos explicar um pouco mais sobre o assunto!

Por que devemos ler para as crianças?

A importância de ler para as crianças não pode ser subestimada. Ler pelo simples prazer da leitura pode beneficiar a educação, o desenvolvimento social e cognitivo de seu filho, além de contribuir ao seu bem-estar e sua saúde mental.

Quais são os efeitos da leitura no desenvolvimento infantil?

Inúmeras pesquisas realizadas e encomendadas pela BookTrust descobriram os profundos benefícios da leitura para o desenvolvimento de uma criança. Um dos estudos detalha os efeitos da leitura em habilidades posteriores de alfabetização, facilitando a interação social entre adultos e crianças e incentivando as crianças a se envolverem com o mundo ao seu redor. Além disso, a leitura pode ser uma ‘fonte estável de informação’ ao longo da vida. Essa estabilidade permite que as crianças acessem aos textos e às narrativas de maneira constante, o que pode dar a elas ferramentas para lidarem com circunstâncias desafiadoras ao longo da vida.

Além disso, as pesquisas descobriram alguns outros benefícios de ler para as crianças.

Desenvolvimento cognitivo assistido.

O desenvolvimento cognitivo refere-se à maneira como percebemos e pensamos sobre o nosso mundo em referência à nossa inteligência, raciocínio, desenvolvimento da linguagem e processamento de informações. Ao ler para as crianças, você fornece a elas um profundo entendimento sobre o mundo e enche seus cérebros de conhecimentos básicos. Eles então usam esse conhecimento adquirido para entender o que veem, ouvem e leem.

Empatia.

Quando lemos um livro, nos colocamos na história. Isso nos permite desenvolver empatia à medida que experimentamos a vida de outros personagens e podemos identificar como eles estão se sentindo. As crianças podem usar esse entendimento para simpatizar no mundo real com outras pessoas. Além disso, as crianças terão uma maior compreensão das emoções, o que pode ajudá-las a entender as suas próprias e as dos outros.

Um entendimento profundo sobre o mundo.

Um livro pode nos levar a qualquer lugar: para outra cidade, para um país diferente ou até mesmo para um mundo alternativo. Ao ler um livro, uma criança aprende sobre pessoas, lugares e eventos que eles não poderiam aprender de outra forma. Isso proporciona às crianças uma compreensão mais profunda do mundo à sua volta e de culturas diferentes das suas.

Relacionamentos mais fortes.

Se os pais leem regularmente com um filho, eles sem dúvida desenvolverão um relacionamento mais forte com eles. A leitura oferece aos pais a oportunidade de realizar um evento comum e compartilhado, que os pais e o filho possam esperar. Além disso, proporciona às crianças sentimentos de atenção, amor e segurança, essenciais para nutrir e bem-estar.

Dicas de como ler para as crianças

Ler em voz alta é uma atividade agradável que pais e filhos podem desfrutar juntos. Além disso, é uma atividade que os professores consideram gratificante e que eles devem incentivar regularmente, tanto na escola quanto em casa.

Se você ler com seu filho em casa, estará complementando o que ele aprendeu na sala de aula e dando a eles um apoio individual adicional que a sala de aula não pode dar. Separamos algumas dicas de como fazer esse momento ser agradável.

Comece cedo.

Mesmo durante a infância, uma criança pode ver fotos e ouvir sua voz. Leia em voz alta para seu filho e aponte para as figuras na página, dizendo o nome dos objetos que aparecem. Isso fornece ao seu filho duas fontes de informação: entendimento dos objetos do mundo real e entendimento da importância da linguagem. Mesmo quando seu filho puder ler sozinho, você ainda deve ler em voz alta juntos para praticar.

Faça com que vire parte da rotina.

Tente o seu melhor para ler para seu filho todos os dias e mantenha-o consistente. Incorpore isso à sua rotina diária e à do seu filho, até que se torne um hábito tanto quanto escovar os dentes. No entanto, tente não desanimar se perder um dia – apenas recupere sua rotina normalmente quando tiver tempo.

Incentive a variação.

Tente variar o máximo possível os livros que você lê para seu filho. Isso abrirá seus olhos para uma variedade de mundos, culturas e personagens diferentes, e permitirá que sua imaginação seja ampliada e prospere.

Tenha paciência.

Às vezes, podemos esquecer como é essa idade e como éramos. Como adulto, consideramos a leitura garantida, mas é mais fácil ser paciente com uma criança quando lembramos o quanto ela ainda não sabe. Por exemplo, como uma criança saberá ler da esquerda para a direita até você apontar as palavras à medida que avança? Como eles sabem que cada rabisco na página representa uma palavra? Tome seu tempo e seja paciente se eles não entenderem.

Continue a discussão.

Depois de terminar de ler uma história para o seu filho, tente continuar. Dependendo da idade, você pode fazer perguntas sobre o que acabaram de ler. Por exemplo, “Você gostou dessa história?”, “Qual foi seu personagem favorito?” ou “Por que você acha que o príncipe ficou feliz no final?”. No entanto, não pense que isso seja necessário para cada história que você ler. Se seu filho gosta do livro, ele desenvolverá o gosto pela leitura, mesmo sem a conversa.

Ler para as crianças é abrir um novo mundo

Esse hábito é um poço de benefícios para seu filho. Ter os pais junto, incentivando a leitura, só tem a agregar na formação da criança. Por que não começar hoje mesmo com essa rotina?

Conta depois pra gente como foi!

Uso de tecnologia pelas crianças: é perigoso?

A gente sabe: pais, educadores e professores em geral são bombardeados rotineiramente com artigos que criticam o uso de telas pelas crianças. As supostas influências negativas do tempo de exposição às tecnologias como o celular, televisão e tablet vão do câncer (!) ao vício às telas e ao déficit de atenção. Pois é, o problema parece muito maior do que imaginávamos. Contudo, grande parte dessa preocupação é baseada em suposições sobre o uso de tecnologia pelas crianças, e não em evidências.

O uso de tecnologia pelas crianças: um outro olhar

Parece que todos os dias existe uma nova história de terror quando se trata do uso da tela – pessoas que não dormem, reféns da tecnologia, que não vêm a vida passar… Isso tudo é verdade. Porém, a consciência é o alicerce para não termos exageros. E eis o problema. A American Academy of Child & Psychiatry, dos Estados Unidos, estima que os jovens de 8 a 12 anos passam de 4 a 6 horas por dia utilizando tecnologias. Além disso, estimam que grande parte passa até 9 horas por dia olhando para alguma tela.

E olhe só o que tal academia considera como consequência do uso das telas:

  • Violência e comportamentos de risco
  • Vídeos de acrobacias ou desafios que podem inspirar comportamentos inseguros
  • Conteúdo sexual
  • Emprego de estereótipos negativos
  • Uso de substâncias ilegais
  • Cyberbullies
  • Publicidade direcionada ao seu filho
  • Informações enganosas ou imprecisas
  • Problemas de sono
  • Notas mais baixas na escola
  • Menos interesse por livros
  • Menos tempo com a família e os amigos
  • Atividade física ou ao ar livre insuficiente
  • Problemas de peso
  • Problemas de humor e auto-imagem
  • Medo de perdas
  • Menos tempo aprendendo outras maneiras de relaxar e se divertir

O outro lado da moeda: o equilíbrio

As telas às vezes são retratadas como intrinsecamente ruins, com o aumento do uso associado a maiores efeitos negativos. Felizmente, existem pesquisadores lutando contra o canto da ciência, argumentando que simplesmente não temos evidências de muitas dessas alegações.

A pesquisadora psicológica Amy Orben, em entrevista para o site BOLD, explica que existem muito poucos estudos sobre a questão de quanto de tela seria seguro. As pesquisas que existem não têm a qualidade necessária para responder aos tipos de perguntas em que estamos interessados.

Muitas vezes, os estudos sobre os quais lemos nas notícias baseiam-se em dados correlacionais: por exemplo, esse aumento no uso da tela está associado ao aumento da depressão em adolescentes. Essa associação pode ser verdadeira, mas o mecanismo por trás do link ainda não é conhecido. Simplificando, embora adolescentes deprimidos passem mais tempo na frente das telas, não podemos dizer que é o tempo na tela que causou a depressão.

Qual será o olhar para o uso de tecnologia pelas crianças amanhã?

Pressupostos sobre o tempo usado na tela e o que está substituindo podem estar alimentando nossos medos. Isso porque, quando pensamos no tempo da tela, podemos nos imaginar percorrendo as mídias sociais sem pensar, olhando fotos de gatos e jogando jogos viciantes. Porém, pais e professores estarão cientes de que o tempo de exibição também pode ser educativo e pode ajudar as crianças a desenvolver habilidades e conhecimentos. Na quarentena, por exemplo, essa foi a saída para continuar a educação dos filhos.

Particularmente para crianças muito pequenas, o envolvimento com um aplicativo pode ajudar a desenvolver algumas habilidades (por exemplo, habilidades motoras). As tecnologias podem permitir que as crianças mais velhas promovam amizades e desenvolvam habilidades sociais – mas, claro, isso não pode substituir as habilidades sociais corpo-a-corpo, digamos.

Também existe a suposição de que crianças (e outros usuários da tela) estão sentadas na frente de uma tela enquanto poderiam estar envolvidas em uma atividade mais enriquecedora ou ativa. Na realidade, as crianças podem estar usando telas enquanto viajam no carro ou no ônibus, por exemplo, onde outras atividades estimulantes seriam mais difíceis.

“As telas podem oferecer oportunidades de aprendizado e desenvolvimento, expondo as crianças a novos conceitos.”

E o sedentarismo?

Os links relatados entre o uso da tela e a falta de exercício físico não necessariamente significam que as crianças estão usando telas em vez de serem ativas. O link pode refletir diferenças individuais no prazer do exercício; se você é alguém que não gosta de se exercitar, talvez gaste seu tempo sentado, independentemente da tecnologia da tela. Atualmente, não sabemos a direção da causa e, na realidade, é provável que haja muitos fatores em jogo, cada um influenciando-se de maneiras complicadas.

Amy Orben argumenta que as conversas sobre o tempo da tela às vezes simplificam demais o que realmente significa o uso de tecnologia pelas crianças. A maioria de nós concorda que algumas formas de tempo de exibição não oferecem benefícios específicos – como por exemplo dar o celular para a criança no restaurante, ao invés de conversar com ela. Mas as telas podem oferecer oportunidades de aprendizado e desenvolvimento, expondo as crianças a novos conceitos, talvez exigindo novas habilidades, e proporcionando um ambiente divertido de aprendizado em locais que, de outra forma, carecem de estímulo.

E as evidências?

“Não há evidências de que as telas sejam inerentemente ruins e que grande parte do medo não provenha da ciência, mas de suposições e alarmantes.”, diz Amy Orben. Pois, lembre-se, até o ano 2000 essas tecnologias nem se passavam pela nossa cabeça. Nós não sabemos com segurança o que elas irão significar.

A falta de evidência não significa que devemos permitir que as crianças usem o celular o dia inteiro, mas sim que as diretrizes atuais sobre o uso diário ou semanal são bastante arbitrárias.

Sim, devemos considerar as preocupações reais relacionadas ao tempo de exibição, por exemplo, cyberbullying e outros tipos de assédio cibernético. Mas também devemos estar cientes de que não há evidências de que as telas sejam inerentemente ruins, e que grande parte do medo não vem da ciência, mas de suposições e ameaças.

Ou seja: ao invés de delimitar de acordo com “suposições”, priorize o tempo junto com seu filho sem o uso de tecnologias. Se ele já fez tudo o que tinha a fazer – brincou e se relacionou sem o uso de tecnologias – tudo bem dar a ele “um tempo” com o celular/video game/computador que você mesmo vai delimitar. Como já falamos aqui, o diálogo aberto é o melhor caminho.

Achamos até um podcast interessante sobre o assunto!

Como criar uma criança de sucesso e feliz

Sabemos que não existe um guia completo e 100% preciso que garanta que nosso filhos terão sucesso em suas vidas e que todos os seus sonhos serão conquistados. Contudo, os pais podem auxiliá-lo a construir um psicológico forte, que dará as bases necessárias para essa trajetória. Criar uma criança de sucesso não é dever nem dos pais, nem da escola e nem de uma pessoa específica. Mas que tal ajuda-lo?

A influência dos pais é maior do que se imagina para o psicológico do filho. Por isso, separamos algumas maneiras de criar uma criança de sucesso. Em outras palavras: como auxiliar seu filho a ser um adulto feliz, em qualquer profissão que ele escolher.

Como criar uma criança de sucesso

Tenha conversas sinceras desde a infância

Ter fortes habilidades de comunicação abrem uma grande variedade de oportunidades para a vida toda. Não só no campo profissional, mas também no pessoal. Quantos relacionamentos (não apenas amorosos) vemos por aí que a comunicação é o ponto mais difícil?

Por isso, promover essa habilidade desde a infância é ótimo para que ele saiba que o diálogo e a conversa sincera devem sempre prevalecer. Não por acaso, pesquisadores da Universidade de Iowa descobriram que essas conversas devem ser feitas desde os primeiros anos de vida. Ou seja, mesmo que seu filho ainda não fale.

O que as pesquisas dizem

Um estudo conjunto do MIT, Harvard e da Universidade da Pensilvânia levou essa correlação um passo adiante. Ele descobriu que crianças de 4 a 6 anos que efetivamente se engajavam em conversas tinham mais ativação na área de Broca, uma parte do cérebro ligada à produção da fala.

Além disso, essas crianças com a Broca mais ativa tiveram melhor desempenho em testes que abrangem conceitos de artes da linguagem. Ao incentivar a conversa, desde a tenra idade, você pode ajudar seu filho a adquirir não só a linguagem mais rapidamente, mas também a promover o desenvolvimento cerebral crítico.

Pense criticamente sobre o que você deixa ele assistir/ouvir

O tempo na tela é frequentemente pintado como inimigo do sucesso, associado a problemas na escola, obesidade e uma pobre interação social. Esse impacto em uma criança, no entanto, destaca mais o que ela está perdendo durante o seu crescimento. Não é a TV que é tóxica – ou o Youtube – mas sim o que está sendo oferecido ao seu filho e por quanto tempo.

Por isso, deixa-lo horas a fio na frente da TV/Celular, mesmo que assistindo programas educativos, pode saudável para o desenvolvimento cognitivo – desde o campo comunicacional ao social. Por isso, ao oferecer conteúdos do tipo para seu filho, verifique:

  • O que esse programa está ensinando a ele?
  • Por quanto tempo ele está na frente da tela?

Preste atenção ao sono do seu filho

Ao se tratar de crianças, é importante prestar atenção não apenas na quantidade de horas de sono, mas também a consistência de seus horários. Cochilos regulares, por exemplo, são essenciais para a capacidade do seu filho de aplicar novos conceitos de linguagem de maneira abstrata.

Em um estudo na Universidade do Arizona, descobriu-se que as crianças que cochilavam dentro de quatro horas depois de aprender uma nova palavra ou regra gramatical eram mais propensas a saber aplicá-la no dia seguinte. As crianças de dezoito meses podem até aprender regras e utilizá-las em frases totalmente novas, se uma soneca vier a seguir, mas elas não conseguirão fazê-lo se permanecerem acordadas.

A necessidade de sono só aumenta à medida que seu filho cresce. O cérebro depois dos 30 meses amadurece o suficiente para permitir a reprodução neural – a maneira de sua mente fazer um balanço de novos aprendizados enquanto você dorme e armazená-los em sua memória. Quando o seu filho iniciar o ensino fundamental, ele precisará de nove a 11 horas de sono por noite para aproveitar ao máximo o que aprendeu na sala de aula no dia anterior.

Ensine-o a valorizar o processo

Crianças muitas vezes funcionam com o sistema de recompensa. Escove os dentes e ganhe um tempinho no vídeo game. Coma isso e ganhe aquilo…. Isso não é muito saudável se você quer criar uma criança de sucesso. Ela vai aprender que tudo na vida gera recompensas rápidas. E sabemos que não é bem assim.

Por isso, é interessante ensiná-las a valorizar o processo, a esperar, a fazer as coisas não por esperar algo em troca, mas sim pelo fazer em si.

Construir uma rotina e estabelecer expectativas para o seu filho o ajudará a entender os benefícios do gerenciamento e da consistência do tempo. Suas expectativas se tornarão próprias à medida que amadurecerem e virem as recompensas de seus esforços ao longo do tempo, estejam eles estudando muito para uma aula difícil ou simplesmente limpando o quarto.

Brinque de “fingir”

Fazer brincadeiras de “fingimento” é a pedra angular da existência na primeira infância. Quantas vezes não fingimos que somos monstros, fingimos que estamos em um castelo ou com um amigo imaginário? Embora você pense naqueles momentos doces momentos de nostalgia daquela época da infância, o desenvolvimento mental que seu filho experimenta de brincadeira os seguirá por toda a vida.

À medida que adotam papéis específicos, as crianças constroem seu mundo imaginário e convidam seus amigos a participar da jornada que estabeleceram. Assim, as crianças aprendem a ser mais criativas, a ter uma melhor comunicação de longo prazo e a amadurecer suas habilidades de resolução de problemas. Deixe a imaginação fluir… E embarque nessa jornada com seu filho.

Construa um sistema de suporte escolar

À medida que seu filho se forma no ensino fundamental, sua visão de mundo se expande para as horas gastas na sala de aula. Seus professores, em particular, exercem forte influência sobre seu crescimento, trazendo consigo uma vasta experiência e compreensão profissional dos marcos e expectativas de desenvolvimento e educação.

Combinada com o seu conhecimento superior de seu filho e de suas necessidades, a escola e o lar podem trabalhar juntos para promover seu sucesso à medida que avançam de uma série para outra.

Dessa maneira, converse com os professores da escola de seu filho e entenda quais são as características que estão sendo trabalhadas nas aulas e etc. Afinal, o mundo da criança/adolescente é sua casa e a sua escola. Por isso, saber que a escola está em consonância com os valores da sua família é imprescindível. Até já demos algumas dicas aqui sobre como escolher a escola ideal para seu filho.

Criar uma criança de sucesso é criar uma pessoa feliz

Sucesso não deve ser visto apenas como milhares de reais na conta, carros e casas. Afinal, não é isso que sustentará nossa felicidade. Criar uma criança de sucesso é fazer com que ela saiba se comunicar, tenha relações saudáveis e seja feliz onde quer que ela esteja.

6 dicas para criar filhos anti-racistas

No mundo de hoje, é mais importante do que nunca que as crianças aprendam a aceitar e apreciar a diversidade. E os pais podem ajudar – e muito. Sabemos que gostaríamos de pensar que, em nossa sociedade cada vez mais multicultural, todos estão criando uma geração de crianças tolerantes, não-preconceituosas e imparciais. Afinal, elas estão crescendo em um mundo onde figuras poderosas vêm de todas as origens étnicas, onde telas de TV e filmes são preenchidas com um arco-íris de modelos e onde lições de tolerância e celebrações da diversidade fazem parte da maioria dos currículos, até na pré-escola. E isso é bom!

Nessa onda, velhas atitudes morrem com força – ainda bem! Entretanto, apesar de o racismo ser menos aceito hoje do que há uma geração, ele ainda existe, infelizmente. O dever dos pais é criar essa consciência nos seus filhos para que o racismo, enfim, acabe. Afinal, as crianças são rápidas em entender os preconceitos de seus pais – mesmo que sejam transmitidos de maneiras sutis e não ditas.

Pensando nisso, separamos seis dicas dos especialistas da Parents para se criar filhos conscientes sobre a diversidade.

Dicas para criar filhos conscientes da diversidade

1. Reconheça as diferenças.

Por volta dos 4 anos de idade, as crianças começam a perceber que algumas pessoas parecem ou não fisicamente com elas. Isso pode começar a suscitar em perguntas como: “Por que a pele dela é mais escura que a minha?” ou “Por que não tenho cabelos lisos assim?” Nisso, os pais às vezes entram em pânico quando ouvem esse tipo de pergunta. Contudo, lembre-se que as crianças são naturalmente curiosas e estão simplesmente tentando aprender sobre o mundo.

A melhor resposta é simplesmente explicar que as pessoas têm todas as cores, formas, tamanhos e ideias. Tentar explicar demais pode sinalizar que há algo errado com a diversidade. A mensagem que você deseja enviar é que, embora as pessoas possam parecer diferentes por fora, elas são todas iguais por dentro e merecem nosso amor e respeito.

Use analogias que uma criança possa entender facilmente, como cores de sorvete – apesar de diferentes, todos são gostosos!

2. Seja um modelo positivo.

A maioria de nós sabe que é errado usar termos depreciativos para descrever qualquer grupo étnico, mas a verdade é que muitas pessoas escorregam de vez em quando, murmurando uma ofensa racial contra um mau motorista ou generalizando sobre uma minoria étnica. Além disso, estudos mostram que mesmo as pessoas que não expressam seus preconceitos ainda podem tê-los de forma “oculta”. Portanto, investigue seu próprio comportamento para ver quais mensagens sutis você pode estar enviando para o seu filho.

Você ri ao invés de protestar quando alguém conta uma piada culturalmente insensível? Você tranca a porta quando passa por determinados bairros? Você imita sotaques étnicos para tentar ser engraçado? Você pode não querer rebaixar ninguém, mas uma criança pode certamente ter uma impressão errada. Aliás, é melhor rever esses tipos de piadas.

3. Converse sobre intolerância.

As crianças costumam aprender a estereotipar com base no que veem na televisão. E essas imagens se arraigam cedo: até desenhos animados voltados para crianças pequenas mostram vilões com nomes e feições estrangeiros e lindas princesas loiras e caucasianas. Quando vir um estereótipo negativo na mídia, aponte para as crianças e informe-as que você acha que está errado.

Às vezes, seu filho pode fazer generalizações e dizer coisas como: “Todas as crianças negras da minha escola são boas no basquete” ou “Apenas as crianças asiáticas se inscrevem no clube de matemática”. Quando isso acontecer, ressalte que, apenas porque algumas pessoas de uma determinada etnia se comportam de uma certa maneira, você não pode supor que todos nesse grupo se comportam da mesma forma.

Tente encontrar exemplos que desafiam o estereótipo. Informe seu filho que nunca é uma boa ideia fazer generalizações sobre pessoas com base em raça ou cultura – mesmo quando positivas.

4. Incentive a empatia.

As crianças que podem se colocar no lugar de outra pessoa têm menos probabilidade de criticar os outros por serem “diferentes” deles. Converse com seu filho sobre como ele acha que seria se ele fosse julgado por sua aparência física, pelo jeito de se vestir ou de falar.

Pergunte como ele se sentiria se as pessoas fossem más com ele simplesmente por causa do formato de seus olhos, pela igreja que frequenta ou pela descendência de seus pais. Você pode ter essas discussões com crianças de 3 e 4 anos, se você mantiver os conceitos básicos e uma linguagem simples.

5. Exponha seu filho à diversidade.

Hoje, as crianças estão crescendo em uma sociedade diversa – e isso é ótimo! Quanto mais cedo se sentirem confortáveis ​​com pessoas de outras etnias, mais preparadas estarão para o futuro e vão ver que o racismo é um absurdo.

É mais difícil se você mora em uma comunidade homogênea, mas você deve fazer um esforço conjunto para expor as crianças à diversidade. Leve-os a restaurantes étnicos, vá a exposições de museus e eventos culturais e leia livros comemorando outras culturas. Mostre que não há “eles” e “nós”. Todos somos um.

6. Não tolere nenhum tipo de preconceito.

O ponto principal é que você precisa ensinar às crianças que todas as pessoas, apesar de suas diferenças, merecem respeito. Se você ignora ou simplesmente não se opõe a qualquer tipo de fanatismo, está enviando ao seu filho a mensagem de que não há problema em se sentir superior a certos grupos. Para criar uma criança tolerante, você precisa ajudá-la a aprender a valorizar todos como seres humanos.

Por isso, se seu filho fizer qualquer piada sobre a origem, a cor da pele, a orientação sexual ou qualquer que for a discriminação, só há uma saída: a não tolerância.

Entender a diversidade é saber que todos merecem respeito

A mudança no macro começa no micro. Isso significa que aprender sobre a diversidade e criar um mundo livre de racismo só é possível se começamos dentro de casa. Não tolerando piadas de colegas, familiares ou mesmo do nosso filho. Qual é o mundo que queremos amanhã?

Falando nisso, um podcast que pode ajudar ainda mais nessa jornada contra o racismo!